carro voador

Corrida das startups para lançamento do primeiro carro voador

A revolução tecnológica não tem fim. O que ontem era o modelo top, amanhã poderá estar superado. No mundo do automóvel, desde o velho Ford 1929, passamos por carros possantes, velozes, de grandes dimensões, de porte médio e de porte pequeno, movidos a diesel, gasolina, etanol e energia elétrica que tradicionalmente era reservada apenas para os ônibus urbanos. Agora, está chegando a vez de eVTOL – sigla em inglês que significa veículo elétrico de pouso e decolagem vertical (“carro voador”) – que irá revolucionar a mobilidade urbana.

As startups de carros voadores estão recrutando engenheiros criativos para desenvolver esse rico filão da economia que irá modificar a paisagem urbana motorizada. As multinacionais como Ford, Rolls-Royce, Boeing, Jaguar, Embraer e Morgan Stanley, entre outras, estão se mobilizando para o lançamento do primeiro carro voador.

Trata-se de um investimento muito caro que requer uma capitalização de grandes proporções de no mínimo U$ 700 milhões a U$ 1 bilhão para desenvolver, verificar e comercializar o carro voador, segundo apurado pelo Centro de Inovação da Lufthansa.

Segundo as informações da Lufthansa as empresas, americana JobyAviation e alemã, Lilium, com investimentos da ordem de U$ 940 milhões em 2020 se encontravam na pole position.

Todavia, esse cenário veio a ser modificado com as recentes fusões entre as startups de eVTOLs e SPACs (companhias que abrem capitais na bolsa para ao depois buscar um projeto para investir). Outras empresas como americana Archer e a inglesa Vertical, assim como as próprias Joby e Lilium anunciaram combinações de seus negócios com a SPACs.

Enfim, é uma luta de gigantes da economia mundial. Mas, segundo a opinião de especialistas a Joby e a Lilium são as que mais probabilidade de êxito apresentam no lançamento do primeiro carro voador.

A Joby não se dedicaria apenas como fabricante, mas, também como operadora para explorar o serviço de compartilhamento de caronas, para criar um modelo de receita atraente. Na mesma direção aponta a alemã Lilium, que pretende explorar o que chama de “serviço de marca”.

As previsões das startups para entregar as primeiras unidades dessas aeronaves situam-se em torno de 2024. A EMBRAER programou para 2026 o lançamento do seu carro voador, tendo já recebido várias encomendas.

Esse veículo voador terá várias utilidades: como transporte individual; como táxis aéreos; uso em operações policiais; e emprego em ações militares.

Quando ele se tornar realidade, o espaço aéreo que já dá sinais de saturamento pelo vôo de aviões e helicópteros, cuja frota não para de crescer nos grandes centros urbanos, deverá sofrer uma nova regulamentação, a fim de preservar a segurança dos usuários e dos moradores das cidades.

SP, 2-8-2021.

Por Kiyoshi Harada

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